quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

SUFOCO no Haiti

Aqui no Haiti tudo é incerteza. O resultado das eleições será no dia 20.03 e o clima está tenso. Com a denúncia de fraude, o Conselho Eleitoral Provisório de Haiti (CEP) anunciou recontagem de votos.

Se for confirmado o resultado anterior, manifestações ainda mais violentas explodirão pelo país.


Porto Príncipe, a capital, sofreu com as manifestações violentas, com barricadas de pneus flamejantes, carros e imóveis queimados, ruas e estradas barradas em muitas cidades, inclusive Les Cayes e Camp Perrin, local da base da empresa a qual pertenço. Foram registradas manifestações em diversas cidades do país.

No meio deste caos, tenho a função de administrar as dificuldades e mesmo assim fornecer alimentação de boa qualidade. Como diz um amigo meu, é um SUFOCO. É esta a graça da coisa. Se é mesmo verdade que "a necessidade faz o homem", eu to feito!!

Nada paga a experiência de vida.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Direto de um lobby de hotel

Nesta vida de vai e vem, escrevo diretamente de um lobby de hotel.

E vim falar, em poucas palavras e sem rodeios, que o melhor da vida vem do inesperado.

Tem gente que é metódica e faz tudo programado. Desde a hora que levanta, até a hora que se deita, como se a vida fosse uma "planilha de excel".

Abrindo um parêntese, para ser um impecável Chef de Cozinha, tem que ter muita planificação, organização. Brinco sempre dizendo que a cozinha é um gráfico tempo/temperatura. Tem que estar tudo na ponta do lápis. Na cozinha não pode ter surpresas. Fechando parêntese.

Mas na vida, em si, o mais gostoso é o inesperado. É o encontro com alguém amado que não se vê há muito tempo, no meio da rua, sem marcar. É errar o caminho e achar um restaurantezinho despretencioso, mas que te surpreende com uma comida e serviço impecáveis. É sentar em um bar para tomar uma água e de repente começar a bater papo com um estrangeiro que fala português e que conhece o Brasil melhor que você.

O ponto que eu quero chegar é: deixa que a vida te surpreenda um pouco e não se zangue quando acontecer algo que não foi planejado.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Final de ano conturbado no Haiti

No último post falei do Furacão Tomas que passou no Haiti.

Os danos causados foram mínimos, logo a vida voltou ao normal.

Agora é epoca de eleições presidenciais e o clima está pesado após o resultado.

Hoje o país parou, com manifestações na capital, Porto Príncipe e também em muitas cidades menores, como Les Cayes e Camp Perrin, situadas ao sul da ilha. A suspeita de fraude agita ainda mais a sofrida população haitiana, que agora também enfrenta uma grave epidemia de cólera.

Enquanto isto, estou na República Dominicana, onde estou buscando produtos brasileiros e estrangeiros. Hoje achei umas belas picanhas, cortes nobres e outros ingredientes que não posso encontrar no Haiti.

Apesar de toda esta agitação, acredito que a vida em Camp Perrin não mudará e em breve estarei assando belas picanhas na brasa para os brasileiros e uruguaios, que farão uma partida de futebol amistosa, seguida de churrascão.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Cozinha de emergência

Agora foi que deu. Me deparei com uma situação completamente nova: a cozinha de emergência.

Estamos aqui no Haiti com alerta máximo de furacão ligado. Uma tempestade tropical se aproxima em grande velocidade e tenho que encher meu estoque "às pressas" para estar preparado para tudo o que vier.

Já estávamos de cabelo em pé com o surto de cólera que está assolando o país. Agora é a iminência da chegada do furacão Tomas que preocupa.

O jeito é encher o estoque de enlatados e água potável e rezar muito.

Ai de ti, Haiti!

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Creme de mandioquinha



Vamos aqui executar uma receita vegetariana, mas com um sabor que nenhum carnívoro pode botar defeito.

É um prato para ser servido nos dias mais frios. O sabor adocicado e rústico da mandioquinha, também conhecida como batata-baroa, aquece a alma de todos que a desfrutam.

Vale a pena provar!

Você vai precisar de:

  1. 500g de mandioquinha ou batata-baroa
  2. 1 cebola média picada em cubinhos bem pequenos
  3. 4 dentes de alho
  4. 2 colheres de sopa de manteiga (quem preferir, pode utilizar azeite de oliva)
  5. 1 galhinho de tomilho
  6. 100ml creme de leite fresco
  7. Sal e pimenta do reino branca à gosto

Método

Lave bem as mandioquinhas, se necessário, escove-as. Coloque as batatas dentro de uma panela grande e coloque água suficiente para cubri-las em três dedos e tampe a panela. Neste primeiro processo não há a necessidade de acrescentar sal. Somente coloque algumas folhinhas de tomilho ou outra erva, para dar sabor às batatas, se assim desejar. Coloque a panela sobre fogo alto até ferver a água, com a panela sempre fechada. Quando ferver, coloque em fogo médio, até as batatas ficarem bastante macias. Para checar o ponto das batatas, enfie um garfo em uma delas e tente tirar da panela. Se a batata "esgorregar" e cair facilmente do garfo, este é o ponto!

Vai outra dica. Dentre as funções da casca da batata, está a de proteger o que há dentro dela. Se você cozinha um legume com casca, tenha certeza que irá perder muito menos nutriente.

Mandioquinha cozida. Sem deixar esfriar, descasque-as. Bata no liquidificador, uma por uma, com a mesma água que utilizou para cozinhá-las, pouco a pouco. Reserve o creme resultado deste processo.

Esquente uma outra caçarola, coloque a manteiga e deixe derreter, até ficar bem quente. Adicione a cebola bem picadinha, os dentes de alho inteiros e "refogue" até a cebola ficar transparente. Adicione o creme de mandioquinha, o creme de leite, umas folhinhas de tomilho, sal e pimenta à gosto e ferva por 5 minutos.

Após servir em uma cumbuca, rale um pouco de queijo ementhal ou até um gorgonzola, sem exagerar, só para dar um toque especial!


domingo, 24 de outubro de 2010

Reportagem na Revista Muito

Reportagem na Revista Muito, com uma versão minha da salada caprese, uma tradicional salada italiana, nas páginas 38 e 39, vale a pena conferir!

Em breve irei postar a receita da salada caprese tradicional!

sábado, 23 de outubro de 2010

Como fazer um arroz branco soltinho

Para 2 pessoas! Arroz soltinho, não tem erro. Já vi muita gente se batendo para fazer um arroz. Esta receita é infalível se todos os passos forem seguidos!

Existem muitas variedades de arroz nas prateleiras dos mercados. Nesta receita, sugiro o arroz comum ou até mesmo integral.

1 copo de arroz
2 copos de água morna
1 dente de alho
1 cebola pequena picadinha
Uma colher de chá de manteiga
Sal (se quiser, piementa do reino, 1 folhinha de louro também) à gosto

Método:

Recomendo lavar o arroz em água abundante, assim você elimina o excesso de amido. Neste caso o amido não é bem vindo, pois dará ao arroz uma consistência pegajosa e queremos um arroz soltinho!

Coloque uma caçarola pequena sobre fogo médio, adicione a manteiga até ficar bem quente, sem queimar manteiga. Adcione a cebola e refogue até ficar transparente. Geralmente, é neste momento que coloco o sal. Junte o alho e frite-o levemente. Adicione o arroz e envolva-o todo no alho e cebola. Adicione os dois copos de água morna, aumente o fogo até ferver. Neste momento, coloque em fogo médio, tampe a panela, deixando apenas dois dedos aberta, até a água secar. Não esqueça de provar se tem sal suficiente! Utilizando um palito churrasco ou até mesmo um garfo, cheque se a água secou toda. Desligue o fogo e tampe a panela por 10 minutos para que o arroz termine de cozinhar no vapor.


Mãos à obra!

Banana Fondant

Esta é uma receita que sempre guardei a 7 chaves. Foi um verdadeiro fenômeno de vendas nos restaurantes por onde passei.

Criei esta receita quando trabalhava como chef do Restaurante Pereira. Uma história interessante é que uma das pessoas a experimentar esta receita foi uma famosa artista de televisão. Naquela mesma madrugada ela e o namorado sofreram um acidente de carro. Espero que não tenha sido por causa da Banana Fondant!

A banana fondant é um bolo de banana servido quente, crocante por fora e cremoso por dentro e ainda é recheado por um brigadeiro de banana da terra com canela.

Uma ótima pedida para os celíacos (pessoas que não podem comer glutem), pois não leva farinha de trigo!

Ingredientes

Bolinho:

1 embalagem de farinha de banana Dona Mari
6 ovos inteiros
150g de açucar
1 favo de baunilha ou uma colher de chá de essencia de baunilha
120g Manteiga

Recheio

1 lata de leite condensado
1 banana da terra bem madura

Método:

Comece pelo recheio. Num processador de alimentos, coloque a banana e o leite condensado e bata até ficar homogêneo. Coloque a mistura numa caçarola e leve ao fogo até adquirir uma consistencia bastante cremosa. Deixe esfriar.

Bata os ovos inteiros com o açúcar e a baunilha, até adquirir uma cor esbranquiçada e bastante aerada (leva mais ou menos uns 12 a 15 minutos). A partir deste momento, utilizo uma espátula de acrílico para misturar os ingredientes. Adiciono a farinha de banana, pouco a pouco e misturo com movimentos suaves. Por último, adiciona a manteiga, misturando suavemente.

Esta é uma sobremesa para ser assada em porções individuais. Unte a forma com manteiga e polvilhe canela. Coloque um pouco da massa, coloque uma bolinha do brigadeiro de banana e cubra com o restante da massa. Assar em forno pré aquecido, no máximo, por 10 minutos.

Servir com sorvete de canela, creme ou gengibre.

Segredo desvendado!

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Indo na onda das bruschetas

Bruschetta de tomates frescos e manjericão

Verão se aproximando e muita gente gosta de preparar o corpo para a estação mais quente do ano. A bruschetta de tomates frescos e manjericão é prática, saudável e de baixa calorias. Mais uma vez, escolha os tomates mais maduros que estiverem à disposição.



Ingredientes:

8 tomates roma bem maduros
1 xícara de café de folhas de manjericão picadas
Azeite de oliva extra virgem
Sal e pimenta à gosto
4 fatias de pão italiano levemente torradas, igual da receita passada.

Método:

1. Cuidadosamente, retire as sementes do tomate e pique-o em cubinhos bem pequenos. Faz-se necessário o uso de uma faca bem afiada, ou então uma faca de serra. Enquanto for picando os tomates, deixe-o em uma peneira ou escorredor, para que todo seu suco mais ácido se escorra.

2. Combine o tomate picado, o manjericão, azeite e sal à gosto. Um toque de pimenta do reino branca e deixe descansar por 1o minutos.

3. Coloque uma boa quantidade desta mistura de tomates em cima de cada fatia de pão e sirva acompanhada de um azeite de oliva e fatias de mussarela de búfala. É uma receita infalível e o melhor: não engorda! Boa sorte e bom apetite!!

Como fazer uma bela bruschetta!

A bruschetta é um tira-gosto de origem italiana muito fácil de ser feita. A receita que irei ensinar hoje é a da deliciosa Bruschetta Napolitana ao Fondue de Queijo.

Nesta versão, você utilizará 8 colheres de sopa do molho de tomate que ensinei a fazer na última publicação, comprovando a versatilidade desta minha receita.


Vamos aos ingredientes:

4 fatias de pão italiano*
8 colheres de sopa do molho de tomate pedaçudo do chef (último post)


Fondue de queijo:

1 xícara de creme de leite fresco
1 xícara de queijo mussarela ralado
1 colher de chá de queijo Grana Padano ralado ou queijo parmesão de boa qualidade
2 colheres de sopa de vinho branco
Sal, pimenta e noz moscada à gosto
1 dente de alho inteiro


Método:


1. Esquente uma caçarola em fogo baixo, com um fio de azeite de oliva. Esfregue bastante o dente de alho inteiro no fundo da panela para que o sabor do alho fique na panela. Retire o alho e coloque o vinho branco, o creme de leite, os queijos e mexa até todo queijo derreter, sempre em fogo baixo. Experimente, ajusto o sal, dê um toque de pimenta do reino e noz moscada. Está pronto o seu Fondue de queijos!

2. Ligue o forno em temperatura quente e deixe esquentar por 10 minutos. Unte uma assadeira com um fio de azeite de oliva, esfregue os pães italiano levemente na assadeira e deixe assar 2 minutos no forno, ou o suficiente para secar um pouco a parte externa do pão. Não desligue o forno!


3. Sob a fatia de pão italiano, coloque duas colheres de sopa caprichadas do molho do tomate. Por cima do molho, coloque uma colher de sopa do fondue de queijos. Um leve toque de queijo parmesão para gratinar. Repita o processo nas 4 fatias, arrume em uma assadeira e leve ao forno quente, para gratinar por 10 min.


Arrume as bruschettas em uma tábua de madeira, enfeite com um raminho de manjericão e sirva acompanhado por um bom azeite de oliva extra virgem... Esta receita arrancará muitos elogios!

domingo, 17 de outubro de 2010

Como fazer um molho de tomate delicioso

Existem várias maneiras de fazer um bom molho de tomate. Algumas pessoas preferem o molho ao sugo (molho mais líquido e pouco espesso). Já outras pessoas, como eu, o prefere mais pedaçudo. A principal diferença entre os dois, é que durante a preparação do primeiro molho entra um processador ou um liquidificador, de forma que no final do processo, o molho terá uma consistência completamente liquefeita. Já o segundo molho é mais rústico, com sabores mais definidos e um aroma maravilhoso.

Dicas:

1.Antes de tudo, preste a atenção nos tomates. Eles realmente tem que ser frescos. Um molho de tomate decente tem que ser feito com tomates maduros. Como a maioria das frutas, os tomates só desenvolvem todo seu dulçor quando estão totalmente maduros, vermelhinhos e quase moles. Nesta receita não utilizo extrato de tomate ou outro derivado de tomate. Caso seus tomates não estiverem maduros, um pouco de extrato dará a cor desejada.

2.Muitas pessoas usam azeite extra virgem para fazer o molho. Não faz sentido fritar o alho e a cebola num azeite extra virgem, pois este é fabricado através de um processo a frio e é por isto que é mais caro. Joga-lu numa caçarola quente é um derperdício de dinheiro. Um azeite comum de boa qualidade cumprirá bem a função. Ou até óleo vegetal, como de soja ou milho.

3.Um parmesão diferenciado, faz a diferença. Existem alguns parmesões ralados no mercado que chegam a estragar a comida! Escolha um Grana Padano ou. Pode parecer caro, mas a quantidade que você vai comprar é pequena. O parmesão, assim como o tomate, é rico em glutamato monossódico, o que confere ao alimento o chamado sabor Umami. Este é conhecido como o quinto sabor. O responsável por isto é o ácido glutamico, ou simplesmente glutamato, um aminoácido que estimula específicas células da nossa língua, conferindo ao alimento o sabor delicioso.



Vamos à receita:



10 tomates roma maduros
6 dentes de alho picados
1 cebola grande
3 colheres de sopa de azeite comum
1 xícara de cha de folhas de manjericão picadas
1 colhér de chá de açucar
Sal, pimenta à gosto
100g de queijo parmesão Grana Padano


Método:


Lave os tomates, retire o talo (o "olho") e corte-os grosseiramente em pedaços não muito pequenos. Esquente uma caçarola, adicione o azeite e adicione o alho. O alho entra antes nesta receita, pois acho indispensávei o sabor do alho quase tostado no molho. Frite-o até começar a ganhar cor e adicione a cebola. Coloque uma pitada de sal e o açucar, mexendo até a cebola ficar trasparente. Adicione os tomates picados, tampe a panela, baixe o fogo e deixe-o cozinhar por vinte minutos. Cheque o sabor, adicionando sal, pimenta. Incorpore o manjericão, cozinhe mais 2 minutos. Caso o molho esteja ainda muito ácido, um pouco de açúcar pode ser adicionado.

Este é um molho que não precisa adicionar água, pois os próprios tomates irão desidratar e seus sucos darão uma consistência fantástica e arrancará elogios dos comensais. Escolha a massa desejada, envolva no seu molho à moda do chef Mateus, adicione um pouco de queijo Grana, algumas folhas de manjericão fresco e pronto!

Sabores da infância

Sabe qual o melhor gosto que existe? É aquele que que nos faz lembrar as coisas da infância...

Fui a um restaurante ontem e pedi um steak de fillet mignon com batatas cozidas e antes mesmo do prato chegar, aquele aroma que surgiu no salão me levou à uns 20 anos atrás.

Fechei os olhos e pude ver minha mãe na cozinha da nossa velha casa, cozinhando umas batatas e passando aquela bela peça de fillet na frigideira, de um boi que tinha sido abatido naquela mesma manhã, quando ainda estávamos na fazenda. Era domingo à noite e tínhamos acabado de chegar de um maravilhoso fim de semana na roça. Aquelas batatas molinhas, com um simples fillet grelhado com um pouco de manteiga. Sem frescuras, sem molho, nem cebola. Nada. Só o toque maravilhoso de mãe. Reuníamos todos em volta da pequena mesa da cozinha, meus irmãos, meu paizinho e minha mãe. Doces lembranças.

Meu prato chegou e aquele gosto nostálgico permaneceu durante o dia inteiro comigo.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Mc Donalds? Nunca mais!

Não é a toa que a Mc Donalds anda fazendo desesperadas promoções em Salvador para aumentar o seu volume de vendas. Finalmente os consumidores estão conseguindo diferenciar o bom do ruim.

Pessoal, MC DONALDS É UMA MERDA. Acordem, aquilo é uma máquina de enfeitiçar as pessoas. (Querem comer um ÓTIMO hambúrguer? No final desta postagem, listarei os 5 melhores hamburguers da cidade, vão lá, experimentem, vocês precisam saber a diferença!)
Tenho que considerar que logisticamente, é perfeito. Rápido, eficiente e tudo maquiadinho. MAS FAZ MAL!!! E ninguém sabe o quanto. Os produtos oferecidos pela tal rede de fast food tem tanto conservante, que é capaz de ficar 6 meses íntegro, sem mofar ou ser deteriorado por microorganismos. É fato! Imagina o mal que isto deve causar!

Tenham o trabalhinho de copiar e colar este endereço abaixo e confiram!

http://not.economia.terra.com.br/noticias/noticia.aspx?idNoticia=201010141636_RED_79332283#tarticle

Vocês acreditam mesmo que não tem conservantes? MESMO?

Vamos valorizar a qualidade da nossa alimentação, procurar saber a origem dos produtos que compramos, o quanto agridem a natureza e a nós mesmos. Todo mundo sabe o quanto já agredimos nosso planeta e que todos os alertas já foram dados.

Comecem dizendo não ao Mc Donalds!!!

Os melhores Burguers da cidade, na minha opinião:

1- DOC - Fica na Av. Paulo 6o e é fruto da paixão do fenomenal chef Carlos Marinho
2- Restaurante Pereira - Situado no Porto da Barra, tem o imbatível hamburguer de picanha.
3- Outback - Shopping Iguatemi, 3o piso, vale a pena provar
4-Carpaccio- O gourmet express, Shopping Salvador.
5- Pereira Café - Shopping Iguatemi. Sou suspeitíssimo para elogiar!!

Todos estes lugares servem burguers feitos de carne ( DE VERDADE, AO CONTRÁRIO DO MC DROGAS) fresca moída, com baixo teor de gordura, quase sem conservantes...

Um abraço a todos!!

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Declaração de amor à Gastronomia

"Toda árvore imponente, um dia foi semente. Toda grande realização, um dia foi sonho somente."


Gastronomia é um sonho que vivo, desde o começo. Hoje é um sonho muito mais real. Respiro cozinha 24 horas por dia. É meu ganha pão, minha diversão e é uma fábrica de sonhos.

Completo 5 anos anos neste ramo de cozinha e a lua de mel não acaba. Cada dia mais apaixonado, sonho com o momento de dar o próximo passo, onde mesmo que eu vou parar? Há tanto o que aprender e aperfeiçoar!

A cada dia toma mais conta de mim e de minha vida. Já não sei onde acaba o Chef Mateus Valverde e onde começa o Mateus Valverde, pessoa.

É o amor da minha vida, é chama que arde noite e dia. Para mim, isto é Gastronomia.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Ao Paulo Tavares, grande amante do vinho.

Meu Deus, obrigado pela dádiva do vinho.

Adoro estar ébrio, após uma garrafa de vinho.

Hoje foi um Frontera, Cabernet Sauvignon. Em conta e perfeito.

Brindemos com uma frase, traduzida do espanhol para o português:

Me basta um vinho velho e vermelho
Com o cheiro de cobertas de inverno
Algumas amêndoas
E suas mãos.

Viva o vinho!

Pensar, escrever e cozinhar

Penso, logo existo.

Escrevo, posto que penso.

Cozinho, porque sinto fome?

Faminto de conhecimento, me ponho a pensar.

Cozinho as idéias e quando estão no ponto, me ponho a escrever.

Penso, escrevo e cozinho.

Não é difícil conciliar.

domingo, 15 de agosto de 2010

Harmonia

É possível harmonizar um belo vinho com um prato, sendo que este último também depende da harmonia de sabores,cores, texturas e aromas para ser perfeito.

É possível harmonizar o clima de uma cozinha profissional, para que toda a equipe trabalhe concentrada e tranquila, diminuindo o número de erros cometidos e assim os clientes saim ainda mais satisfeitos.

Ainda, é possível (e necessária) a harmonia entre os diversos setores de um restaurante, para que ele seja plenamente bem sucedido.

Mas o chef olha pra dentro de sí e se pegunta: é possivel que sempre haja harmonia nas nossas vidas?

Não temos controle para o que há de vir, por mais que nos preparemos. Mesmo sendo precavidos, temos pouco controle das nossas vidas. É uma panela de pressão, a todo vapor, sempre prestes a explodir.

"Toda ação provoca uma reação de igual intensidade, mesma direção e em sentido contrário", diz o enunciado da 3a Lei de Nilton. É o equilibrio do universo. Toda energia que colocamos em alguma coisa, voltará na mesma intensidade e no sentido contrário. Aplicando esta lei no nosso cotidiano, se algo de muito ruim acontece na nossas vidas, algo de bom virá em contrapartida.

Este é um dos segredos da vida: buscar na desarmonia o contrapeso para se equilibrar.

Não quer dizer que não possamos ficar tristes ou abatidos. Todos ficamos e devemos ficar. São sentimentos fruto de milhões de anos de evolução. O luto é necessário para nossa sobrevivência.
Porém, a mesma força que causa o luto, trará algo de muito bom. E se tivermos com os olhos sempre ocupados com lágrimas, como iremos ver o que a vida tem de melhor para oferecer?

A harmonia existe em momentos pontuais, o chef se responde após momentos de reflexão. Nem tudo são flores, ouvimos isto desde crianças. Esperar que tudo seja perfeito é pedir para sofrer. Só achar defeitos e que a vida é ruim, nem se fala.

Verdade seja dita, não existe uma verdade absoluta para nada. Mas cada um tem que buscar dentro de si o seu ponto de equilíbrio e sua harmonia- mesmo nas piores tempestades, o sol há de brilhar.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Le gôut de Haiti (o gosto do haiti)

Completo nesta semana 6 meses no Haiti. Tempo suficiente para acumular algum conhecimento e aqui deixar para quem, por acaso, ler as minhas divagações.

A primeira impressão logo quando cheguei, é que minha estadia iria ser muito difícil, pois a barreira linguística era imensa. Nunca estudei francês, muito menos o creolo francês, que é a língua mais falada no país. Apenas havia pesquisado um pouco na internet sobre a cultura local, para chegar um pouco informado.

Já sabia das condições do país, antes mesmo do terremoto que teve seu epicentro na sua capital, Porto Príncipe. Mas nada se compara quando você confere pessoalmente o resultado de tantas catástrofes que ocorreram no aqui- ditaduras, golpe militar, guerra civil, ciclones e o terremoto que deixou centenas de milhares de mortos e uma geração de órfãos. Destruição, escombros e o cheiro de morte ainda pairavam no ar. O olhar de desespero das pessoas que perderam suas casas e famílias inteiras, que, sem condições nenhumas de higiene, se amontoavam em acampamentos tentando levar a vida adiante e a frase mais escutada no país "mwen grangu" (do creolo: estou faminto) martelavam na minha cabeça a todo momento.

Logo cheguei a Camp Perrin, onde está localizado hotel no qual trabalho como Chefe de cozinha. No primeiro dia já tratei de conhecer as instalações da cozinha e toda a equipe de trabalho. Foi um tremendo choque- para mim e para eles também. Me olhavam com cara de assustados, me medindo com os olhos do pé a cabeça. Me senti um peixe fora da água. E não entendi absolutamente nada do que falavam, só sabia que eu era o tema das rodas de conversa.

Com um pouco de desenvoltura de quem já tinha passado dois anos na Austrália e aprendido uma segunda língua, me joguei de cabeça no trabalho e me empenhei em, mesmo sem entender ou falar a língua deles. Cozinhar era o de menos, o mais importante era absorver tudo o mais rápido possível.

O mais duro é o choque cultural. Assim como qualquer outro povo, os haitianos têm suas peculiaridades. Eles tem o seu jeitinho, a malemolência, que nós brasileiros e principalmente os baianos, herdamos dos africanos. Mas aqui é algo mais acentuado pela falta de acesso à informação e educação. Eles são altamente nacionalistas e defendem com unhas e dentes o que lhes pertence. Demorei de entender isto. Quando se trata de cultura, é muito difícil explicar o que é certo e o que é errado, pois se trata de algo hereditário, passado de geração para geração.Mas mesmo assim, consegui realizar verdadeiros milagres, como todo bom profissional tem que fazer.

Como Chefe de cozinha, fiquei horrorizado. Como ser humano, sensibilizado e disposto a ensinar o pouco que eu sei para um povo tão acostumado a nada ter. Aos poucos consegui impor um ritmo de trabalho, implantar uma série de práticas para ter um mínimo de segurança alimentar, diversificar o cardápio com um toque brasileiro e, com muito esforço, conquistar a confiança deles.

Enquanto ao aprendizado da língua, o que sugiro é: estude, repita, repita e repita. A repetição foi a chave para mim. Todos os dias aprendo uma nova palavra e treino a pronúncia, descubro o seu significado e tento encaixar no vocabulário do dia dia. E repito 1000 vezes. Posso dizer que já me comunico e consigo ser entendido, com alguma dificuldade ainda. Mas foi um belo avanço para quem caiu de paraquedas furado no meio de 15 haitianos, sem tradutor e sem dicionário por algum tempo.

No próximo post vou me concentrar na cultura e na cozinha haitiana e mostrar o pouco que já sei.

Até lá!

sábado, 31 de julho de 2010

Gastronomia é vida!

Cada dia da minha vida que me entranho na Gastronomia, mais vivo me sinto. Quando tudo está incerto e os problemas parecem tomar conta, visto meu dolmã, meus sapatos confortáveis e é neste momento que me desnudo de tudo que está me trazendo desconforto e mergulho na cozinha.

Começo afiando minhas facas e organizando mentalmente o meu dia. A cada passar da faca na pedra, amolo pensamentos e sentimentos, que por muitas vezes ficam ali esquecidos, tão cegos como a própria faca.

Buscando a perfeição na confecção do alimento que irei servir, também busco o meu próprio equilíbrio.

Claro que no bater das panelas, na hora do corre corre da cozinha, não há muito espaço para paz. É um caos harmônico. Uma correria contra o tempo que exige concentração, organização, paciência e qualquer mínimo detalhe conta. Como uma orquestra tem seu maestro, a cozinha tem o seu Chefe. Ao invés de instrumentos musicais, panelas fumegantes, óleo escaldante ; ao invés da batuta, facas, pinças e chairas.

É por isto que digo que a Gastronomia é vida e dentro de mim cresce a cada dia, tomando cada vez mais espaço e o limite é o céu.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Inteligência emocional

Trabalhar com gente é muito difícil.

É preciso focar nos objetivos e passar por cima de muita coisa.

Na caminhada rumo aos nossos objetivos, existem muitos obstáculos e pessoas que querem estragar o sucesso, por motivos diversos. É preciso ter inteligência emocional para saber jogar o jogo da vida, como num jogo de xadrez, é preciso saber fazer o movimento certo na hora certa.

Falo isto por mim, pois tenho muitas dificuldades em saber lidar com certas situações, mas tenho plena consciência dos meus erros e quero melhorar. Nada como o passar da vida e a acumulação de experiência. Aprender com os erros.

Importante é ter mais acertos do que erros, claro. Mas um movimento em falso e Cheque Mate. Você perde.

domingo, 16 de maio de 2010

Domingo é dia de lasanha!

Para um brasileiro que mora fora do país, nada como uma comidinha com gostinho caseiro. E em algumas famílias, domingo é dia de lasanha, então resolvi fazer 2, bem recheadas.

Só para deixar a "galera" um pouco mais a vontade!

Por hoje, é só!

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Haiti

Trabalhar como Chef de Cozinha no Haiti me possibilitou observar novas facetas da gastronomia, entre outros aprendizados.

Quando mais jovem e iniciante na arte da culinária, só pensava na alta gastronomia. Sonhava acordado diante de tantos novos aromas, ingredientes, ervas, pratos exóticos, tendências futuristas e o glamour dos grandes restaurantes e chefs.

Pude estar em contato com gastronomia de alto porte na Austrália e no Brasil. Ao contrário do que pensava, o glamour fica somente nos salões dos restaurantes, nos tilintares dos talheres e taças de vinhos caros. Dentro da cozinha, há pouco glamour e muita correria, queimaduras, esporros memoráveis, cortes na mão, panelas voadoras e muitas outras peculiaridades. E, mesmo assim, foi amor à primeira queimadura.

Quase seis anos se passaram desde que ingressei na área de alimentação e veja só onde eu vim parar. No Haiti, país mais pobre das Américas, semanas após um terremoto que arrasou a sua capital. Mesmo assim, vim de cabeça erguida e meu coração nas panelas.

Não há nenhum glamour em cozinhar para trabalhadores de uma obra de cosntrução civil, absolutamente. São pessoas simples, acostumados a comer qualquer coisa. Mas taí a nova face da gastronomia que eu estou absorvendo: gastronomia da simplicidade. Fazer tudo simples e bem feito, fazendo a vida de uma horda de trabalhadores brasileiros um pouco mais agradável.

A possibilidade de ir em todos os níveis gastronômicos vai me enriquecer ainda mais. Passar por todas as etapas é importante. Comecei lavando pratos, fui ajudante de cozinha, fui cozinheiro, fui chef de cozinha de restaurantes de sucesso. Será um regresso ser Chef de Cozinha no Haiti, cozinhando pra peão de obra, ouvindo piadinha? Sem dúvidas, não.

O segredo é perseguir até alcançar e vou aos trancos e barrancos até chegar lá.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Olha que maravilha para nossa gastronomia...

Congressistas da Onu passam mal após comer em restaurante baiano. Que ótima referência!!

E sabe o o pior? Se a vigilância realmente atuasse de maneira rígida, da maneira que atuou neste caso, a maioria dos restaurantes de Salvador seriam fechados. Baratas e ratos são comuns nas cozinhas dos ditos melhores restaurantes de Salvador.

Confiram a notícia no link abaixo.

http://noticias.uol.com.br/cotidiano/2010/04/16/com-sintomas-de-diarreia-congressistas-da-onu-lotam-posto-medico-na-ba.jhtm

Fonte: www.uol.com.br

quinta-feira, 25 de março de 2010

Novos ares, nova aprendizagem

Para quem nao sabe, vim parar no Haiti.

Sim, estou em pleno Caribe. Soa até chique...

Mas estou aqui bem onde aconteceu, ha mais ou menos dois meses atras, um dos terremotos mais devastadores da historia recente. E é o país mais pobre das américas.

Bem, tem sido uma experiencia extremamente engrandecedora. Além do aprendizado de uma nova língua, aqui estou conhecendo novos ingredientes, novos sabores, uma nova cultura. Sem contar que estou trabalhando para uma grande empresa brasileira e sou o primeiro Chef de cozinha contratado pela mesma em suas obras no exterior.

Toda esta experiencia tem sido válida, sem dúvida. Muitos dos meus conceitos vem mudando com o passar do tempo e com o aumento das dificuldades, que sao imensas.

Nada é perfeito na vida, apenas momentos pontuais. Mas posso dizer que, apesar de todas dificuldades e da distancia das pessoas que eu amo, eu estou feliz e realizado.

Prefiro mil vezes estar aqui do que estar trabalhando dentro de um shopping center, isto posso afirmar categoricamente.

C´est la vie.
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sábado, 6 de fevereiro de 2010

Gastronomia e cotidiano

Hoje entrei na cozinha e abri a geladeira. Uma desolação, parecia cena de desenho animado, só faltou ter teias de aranha. Estava vazia de dar dó. E a fome tava começando a bater

A vantagem em ser chef é que justamente quando parece impossível produzir uma refeição, você consegue fazer milagres com um punhado de ingredientes esquecidos nos cantos obscuros da geladeira e dos armários de cozinha.

Quem aspira ser gourmet e realmente mete a mão na massa, pode confirmar o fato de fazermos verdadeiros milagres dentro da cozinha. O milagre da multiplicação do pão!

São pequenos conhecimentos que, quando bem praticados, são de enorme utilidade e no final das contas diferem o chef de cozinha de um cozinheiro comum.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Vou ser pai. Os que me conhecem vão se espantar com esta notícia bombástica. Mas, calma, acabem de ler todo o post antes de tomar qualquer decisão ou atitude!

Estou gerando um filho lindo dentro da minha cabeça.... Seria um filho imaginário? Não, não senhores!!

Estou apaixonado pela Gastronomia, com ela tenho um caso e o fruto desde caso está por vir. E ele já tem nome, se chama Avelã!

Brincadeiras à parte, está sendo concebido o mais novo sucesso de Salvador, o Avelã café e doceria.

Como Chef consultor, posso afirmar que vem coisa boa por aí.

As novidades virão em novos posts.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Boteco da Graça

Vinda principalmente do eixo Rio-São Paulo, a Gastronomia de Boteco veio para ficar. Quem consegue incorporar bem o espírito da coisa é o Boteco da Graça, situado na rua Conde Filho, 138, Graça.

O Boteco da Graça é o típico empreendimento que deu certo por conta da atenção que o dono dá ao seu negócio. Faça sol, faça chuva, lá está o cuidadoso Igor tomando conta dos garçons, do bar e da cozinha.

O ambiente é descontraído, possibilitando os clientes a usarem roupas menos formais. As mesas são distribuídas sob amendoeiras, perfeito para as noites de verão. A cerveja é gelada e os petiscos gostosos e simples. O preço é justo.

O serviço é atencioso e rápido, principalmente por causa da presença constante e fundamental do dono.

Recomento para quem gosta de ambientes simples e que não quer esquentar a cabeça com o serviço. Não deixem de experimentar os petiscos regionais do cardápio!

sábado, 23 de janeiro de 2010

Espetinho do Victoria Center

Quem mora na Barra conhece o Espetinho, localizado no Posto ao lado do Victoria Center. Estrategicamente bem localizado, o estabelecimento é um fenômeno de público e está sempre cheio.

"Espetos e Crepes" é a placa que se vê em destaque e a comida servida condiz com o preço cobrado. O chopp é bem tirado e a comida servida em pratinhos plásticos. Os talheres de plástico atrapalham na hora de comer o crepe e você corre o risco de engolir os dentes do garfo, que é muito frágil.

O serviço deixa a desejar. Em dia de movimento é muito difícil conseguir a atenção dos atententes, os pedidos demoram, o chopp já chega tépido na mesa.

Na minha mesa não foi diferente. Para conseguir o primeiro chopp, pedimos 3 vezes, perdemos a paciência de verdade. Até que alguém levantou, quase pegou o garçon pela orelha e levou para o bar para que ele trouxesse o nosso pedido. Tomei este unico chopp e fomos embora.

Para finalizar, as mesas são distribuidas até perto das bombas de gasolina. Mesmo com aquele cheiro fortíssimo, vi gente fumando praticamente ao lado de uma das bombas. Meio arriscado, não acham?

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Cruzeiros Marítimos

Quem estiver interessado em trabalhar em cruzeiros marítimos, acessem http://www.infinitybrazil.com.br/ e façam seus cadastros.

As entrevistas começam na primeira semana de fevereiro, portanto, corram.

Me inscrevi e já fui selecionado para entrevista. Espero cair pelo mundo em breve, que esta é minha cara.

Boa sorte para todos que forem selecionados.

Abraço

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Escola de Hospitalidade

Não sei quem viu os comentários que Nizan Guanaes fez a respeito de Salvador.

O que ele falou sobre Bel Marques, não concordo, mas assino embaixo no que diz respeito à falta de preparo da cidade que se diz turística.

A orla continua horrorosa, um favelão mesmo. Quem vai para a praia do porto, parece que está num aterro sanitário, tudo imundo, sujeira para tudo que é lado, uma porcaria.

Quem viu o Fantástico no último domingo ficou sabendo que os soteropolitanos são os mais mal educados do Brasil, conseguimos ter o título das ruas mais sujas. Que coisa feia!

Isto que vou dizer não saiu na mídia, mas todo mundo sabe que os serviços aqui são horrorosos, não é raro ser mal atendido, mal tratado nos hotéis/bares/restaurantes da cidade. Salvo raras exceções.

Por incrível que pareça a maioria dos turistas sai daqui amando a nossa cidade, mesmo reclamando dos serviço, pois nosso povo é diferenciado. Potencial nós temos.

Tá na hora de um hotel escola de nível internacional chegar por aqui, tipo um Escoffier, Institute Paul Bocuse, Le Cordon Bleu, quem sabe até um Allain Ducasse. Para levantar a poeira, ensinar os baianos a servirem bem os seus turistas e os locais também. E renovar as escolas de hotelaria já há muito tempo ultrapassadas daqui, criar um pouco de copetição.

Levanta a poeira que o futuro é AGORA!

terça-feira, 12 de janeiro de 2010



Linda foto tirada pelo competentíssimo fotógrafo gastronômico Mário Jorge Marques.

Preparei este prato e mais outros 15 para as fotos do Carpaccio - o Gourmet Express.

Em destaque, costelinha suína assada ao glazè de molho barbecue acompanhado de batata recheada assada.

Delícia. Só indo no Shopping Salvador para aproveitar!

Quem quiser curtir as outras fotos, acessem o blog do Mário!

http://gastronomiaemfoco.blogspot.com/2009/12/carpaccio-o-gourmet-express.html?showComment=1263290467266_AIe9_BG3_E9_vW9qSfvVWslMphNS0tLPmuHvbVbvfgnmmKL1t_6kfkb36IAn6G-Gn_Z_45VA5ZSLftNRDstdhqJbFTR7KurW8gY1kfCbm9zES-YMnnCCqmXokjEeJeKZdckIc7m893GS46va_V0QszzhaAIsC75roY_snN6v7B_C5_huPaFEmr2NZLr01_wov3aQFBHd-gF5qFfUgHjjQtJsAl4efLwHsvSSqzifQTvNpTGNx67LEw2mDHFiPAbDcf8mS2BWYRfo#c5850189657929495718

http://www.mariojorgemarques.com/

Sabores da infância

Nestes poucos anos trabalhando em cozinhas, descobri que é difícil agradar um cliente. Imagine a todos?

Quando uma pessoa entra pela porta de um restaurante, traz consigo expectativas, angústias, todo tipo de sentimentos. Tem gente que briga com a mulher em casa, recebe bronca do patrão, descobre que a conta bancária tá no vermelho e aí, no final do dia, vai para o restaurante. Não que isto irá resolver algum dos problemas, mas é existe algo mágico no que diz respeito ao ato de comer e beber. Deve ter algo a ver com o gostinho da comida da mãe ou da vó e aquela sensação boa que dá (na maioria das vezes) quando isto é lembrado. Todo mundo tem uma comida que a mãe e a vó fazia e que ninguém consegue fazer igual.

Ah, os sabores da minha infância... Que delícia é pensar nas comidinhas que me esbaldava e que tanto me adorava. Isto me acalma, só em pensar!

Então, entra o cliente insatisfeito com a vida entra no restaurante. O chef não sabe disto, nem o maitre, muito menos o garçon. Hipoteticamente o serviço é eficaz e o o cliente é bem atendido e bem servido. Se o chef conseguir agradar, provavelmente é porque seu tempero conseguiu mexer com a memória, fazer lembrar um pouco do passado e lembrar daquele tempero da mãe. Isto serve como um senhor calmante. Mesmo assim, isto é muito difícil.

O chef que consegue mexer com estes sentimentos mais antigos, na minha modesta opinião, é um grande chef. Um dos grandes elogios que eu posso receber é: "humm... está como o da minha vó/mãe.". É a medalha de ouro das cozinhas.