Recentemente montei uma nova equipe de cozinha. Todo o quadro laboral é composto por haitianos de origem muito simples. Quando digo "muito simples" me refiro à pobreza quase extrema. Pessoas que nunca trabalharam numa cozinha como a minha, extremamente bem equipada. E nunca trabalharam com um chef de cozinha. E eu talvez nunca tenha trabalhado com diamantes tão brutos como estes.
Como transformar um bando de pessoas perdidinhas em cozinheiros, ajudantes, serviços gerais? Como ensinar a pessoas que não falam sua língua, não entende seus costumes e cultura? Onde encontrar as lideranças? Quais são aqueles que serão difíceis de se controlar, quem veste máscara? Como um estrangeiro, não afrodescendente e de idade inferior à daqueles que comanda vai impor respeito à pessoas que lutaram tantos anos para obter respeito pela sua raça e pela sua hegemonia?
Como fazer isto tudo e manter a paciência intacta, o que não é o meu caso, utilizo-me de métodos muito pouco ortodoxos, porém eficientes.
No fim de cada dia, sei que cada um ali é uma jóia em potencial. Sei que estou formando pessoas, profissionais, dando-lhes a chance de buscar um melhor futuro.
terça-feira, 26 de julho de 2011
quarta-feira, 25 de maio de 2011
Asas para quem quer voar
Desde muito cedo, a ideia de liberdade me persegue. Naquele tempo, não entendia que liberdade plena só existe no dicionário.
Todos temos muitas obrigações e, de certa forma, delas somos escravos.
Certa vez, lá pelos meus 17 anos, falei "lá em casa" que queria minha liberdade. Me lembro da reação da minha mãe, que riu e me disse que isto eu iria conquistar sozinho. E era algo que eu sempre repetia: "quero minha liberdade". Mesmo sem saber o real sentido de ser livre.
Quando escolhi ser chef de cozinha (ou foi meu ofício que me escolheu?), minhas asas nasceram. Foi quando o conceito de liberdade aflorou na minha vida, quando tomei minhas próprias decisões, quebrei as correntes que mantiveram preso no chão. E voei pra longe assim que pude.
Mesmo com todas as implicações adversas geradas pelo meu estilo de vida, sou livre. Nasci pássaro, procurei minhas asas e este vôo só está começando.
Todos temos muitas obrigações e, de certa forma, delas somos escravos.
Certa vez, lá pelos meus 17 anos, falei "lá em casa" que queria minha liberdade. Me lembro da reação da minha mãe, que riu e me disse que isto eu iria conquistar sozinho. E era algo que eu sempre repetia: "quero minha liberdade". Mesmo sem saber o real sentido de ser livre.
Quando escolhi ser chef de cozinha (ou foi meu ofício que me escolheu?), minhas asas nasceram. Foi quando o conceito de liberdade aflorou na minha vida, quando tomei minhas próprias decisões, quebrei as correntes que mantiveram preso no chão. E voei pra longe assim que pude.
Mesmo com todas as implicações adversas geradas pelo meu estilo de vida, sou livre. Nasci pássaro, procurei minhas asas e este vôo só está começando.
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