terça-feira, 2 de outubro de 2018

O início da minha carreira se deu em 2004  quando comecei como estagiário em restaurantes em Salvador, trabalhando voluntariamente.

Estagiei também no curso do Senado da Casa do comércio, por 6 meses, ao invés de fazer o curso convencional.

Fui para a Austrália pela primeira vez em 2005, altamente influenciado pelos livros de Anthony Bordaind, que me abandonou recentemente e vivi loucamente as cozinhas de lá. Lavei pratos, milhares deles e lentamente subi na hierarquia da cozinha. 

Foi um início de carreira muito conturbado, tal qual Bourdain narrara em seus livros. Vivi dias de loucura intensos, porém de profunda paixão pela cozinha.

Passei 2 anos na Austrália e voltei pro Brasil. Foi incrível.  Foi FODA.

De nada me arrependo. Lembro com nostalgiano final da noite de bebedeira para voltar pra dentro da cozinha para ter que aguentar mais doze horas de turno. Fazer o que? Era o que tinha que ser feito? Bourdain, desgraçado, você me ensinou assim! E depois me abandonou!

Tempos se passaram e em 2009 recebi minha segunda proposta para sair do Brasil. Era dezembro deste ano e eu era chef de um afamado restaurante de Salvador, ganhando uma merreca. Aceitei a proposta na hora. O país: Haiti. O mais pobre país das Américas.

Qualquer coisa era melhor do que continuar onde estava. E a grana era realmente melhor e ficou ainda muito melhor quando um terremoto dizimou a metade da população da capital de Port au Prince. 

Fui mesmo assim.

Bordain foi comigo..........


Continua...

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